Mulher de Morata denuncia ameaças de morte após penálti falhado contra Portugal
Alice Campello saiu em defesa do avançado espanhol após este ter sido alvo de insultos e ameaças nas redes sociais. O jogador falhou um penálti decisivo frente frente a Portugal na Liga das Nações e deixou em aberto a possibilidade de abandonar a seleção espanhola.
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Álvaro Morata voltou a estar no centro das atenções depois de falhar um penálti decisivo no jogo entre Espanha e Portugal, na final da Liga das Nações.
A situação gerou reações extremas nas redes sociais, com o jogador espanhol a ser alvo de ameaças de morte. A mulher, Alice Campello, denunciou publicamente os ataques e saiu em defesa do companheiro.
“Todos nós erramos na vida. Ninguém está isento. A vida é feita de aprendizagens, de bons e maus momentos, e não somos ninguém para julgar os outros”, escreveu a empresária e influencer italiana, visivelmente indignada com o ódio dirigido ao marido.
Campello defendeu que o futebol deve ser visto como desporto e entretenimento. “É isso que o torna bonito, por ser emocionante e imprevisível. Tem de se dar ao futebol a importância que merece, nem mais nem menos”, sublinhou, numa publicação acompanhada de uma fotografia de Morata com os filhos.
Alice Campello passou o fim de semana em Madrid, na piscina da casa do casal, com a filha mais nova, Bella. Morata contou com o apoio de parte da família nas bancadas do estádio, incluindo os filhos mais velhos — os gémeos Leonardo e Alessandro, de seis anos, e Edoardo, de quatro.
A viver em Istambul, onde o avançado representa o Galatasaray, o casal está prestes a celebrar oito anos de casamento. Alice Campello sublinhou o orgulho que sente no marido. “O que importa é a pessoa que se é na vida. E nisso ganhas a todos”, declarou.
“Gostava de ver a vida das pessoas que criticam um erro. O quão perfeitos são e o que já conquistaram. Respeitem. Deixem de ser pessoas más”, concluiu.
“Sinto-me mal”
No final do jogo, Morata mostrou-se abalado. O penálti que poderia ter mudado o rumo do encontro frente a Portugal foi defendido com mérito por Diogo Costa. “Sinto-me mal porque todos fizemos um grande trabalho. Mas faz parte do futebol e da vida. Não bati bem o penálti e não há como voltar atrás”, admitiu, em declarações aos jornalistas.
Apesar de frustrado, fez questão de não transparecer demasiada emoção. “Não chorei no relvado, mas vontade não me faltou. Os meus filhos e a minha família estavam nas bancadas. Tal como no ano passado nos tocou ganhar, hoje calha-me viver um momento difícil. Mas a vida é isto: aprender”, disse.
As suas declarações levantaram dúvidas quanto ao futuro na seleção espanhola. “Nada é certo. Tudo depende de várias coisas. É possível que não esteja em setembro”, concluiu, deixando no ar a eventual despedida.