Naomi Campbell recorre da proibição de gerir instituições de solidariedade social
Naomi Campbell foi proibida, em setembro, de gerir instituições de solidariedade social, por alegadamente usar fundos arrecadados para uso pessoal. Não conformada, a modelo anunciou agora que vai recorrer, argumentando ter sido usado um endereço de email falso para a comprometer por gestão danosa da Fashion for Relief.
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Uma investigação realizada pelo órgão regulador britânico revelou, em setembro de 2024, que apenas 8,5% dos gastos da organização de solidariedade Fashion for Relief foram direcionados para doações beneficentes entre abril de 2016 e julho de 2022. Enquanto fundadora da instituição, Naomi Campbell foi acusada de usar parte dos fundos para benefício pessoal e, em setembro, proibida pela Comissão de Caridade de gerir entidades beneficientes durante cinco anos.
A supermodelo britânica considerou as alegações de má gestão "profundamente erradas", garantindo que não vai desistir de provar a verdade. Assim, num comunicado divulgado esta quinta-feira, anunciou que o tribunal autorizou o recurso das conclusões da comissão "depois de considerar as provas" que apresentou.
"Desde o relatório da comissão, tenho lutado para descobrir os factos. O que foi descoberto até agora é chocante", sublinhou, chamando "a atenção para o facto de ser tão fácil falsificar identidades online", para "evitar que mais alguém passe" pelo mesmo. Campbell garantiu ainda que "nunca fez trabalho filantrópico para ganho pessoal", nem nunca o fará.
Segundo a agência Press Association, os reprerentantes da famosa modelo da década de 1980 alegam que os documentos acedidos pela comissão criaram uma ideia errada do seu envolvimento na gestão da instituição de caridade britânica. Supostamente há provas da existência de uma conta de correio eletrónico falsa usada para se fazer passar por Naomi.
A Fashion for Relief foi criada em 2005, com o objetivo de lutar contra a pobreza e promover a saúde e a educação na indústria da moda, concedendo subsídios a outras organizações e recursos para catástrofes globais. Acabou dissolvida e retirada do registo de instituições de solidariedade social, após a fiscalização e consequentes acusações de gestão danosa.
Além de Naomi Campbell, que foi banida de trabalhar durate cinco anos do trabalho de solidariedade, também Bianka Hellmich, a administradora que recebeu 290 mil libras (quase 350 mil euros) em pagamento de despesas ao longo de dois anos, foi afastada das mesmas funções durante nove anos.