Atriz Rachel Zegler, que interpreta a “Branca de Neve”, tem gerado controvérsia devido às suas declarações políticas, incluindo o apoio à causa palestiniana e críticas a Donald Trump.
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O novo filme live-action da “Branca de Neve”, produzido pela Disney e protagonizado por Rachel Zegler, tem gerado várias polémicas antes mesmo da sua estreia. Uma das maiores controvérsias envolve a escolha de Zegler, uma atriz de origem colombiana, para interpretar uma personagem descrita como branca no conto original dos irmãos Grimm, publicado em 1812. Enquanto alguns defendem a decisão como uma forma de promover a diversidade e representatividade no cinema, outros criticam a escolha, considerando-a uma tentativa de “modernizar” o clássico de forma forçada e desrespeitosa.
Além disso, a protagonista expressou publicamente o seu apoio à causa palestiniana, enquanto a coprotagonista, Gal Gadot, que interpreta a madrasta má, é israelita e tem tomado o partido do seu país no conflito contra o Hamas.
Após a reeleição de Donald Trump, Zegler partilhou, na página de Instagram, uma mensagem onde criticava o político norte-americano e os respectivos apoiantes. A reação não foi bem recebida pelos conservadores, com a jornalista Megyn Kelly a pedir que a artista fosse afastada da produção da Disney. “Gostaria de pedir desculpas pela minha publicação eleitoral. Deixei-me levar pelas emoções”, lamentou, posteriormente, nas redes sociais.
Anões gerados por CGI
Outro ponto de discórdia surgiu em relação à escolha dos atores para interpretar os sete anões. A Disney, que tem optado por uma estreia em pequena escala para evitar mais polémicas, decidiu não contratar pessoas com nanismo para os papéis, o que gerou uma forte reação da comunidade de pessoas com deficiência.
Em declarações ao “Daily Mail”, o ator Choon Tan afirmou que a decisão de usar CGI (imagens geradas por computador) foi "absolutamente absurda e discriminatória”. “Desde que sejamos tratados de forma igual e com respeito, geralmente estamos mais do que felizes para assumir qualquer papel que seja adequado para nós”, sublinhou.
No live-action, que chega aos cinemas esta quinta-feira, os tradicionais anões vão ser chamados de “criaturas mágicas” para “evitar reforçar os estereótipos do filme de animação original”, refere a Disney.