Alexandre, filho mais velho do ex-presidente do F. C. Porto, reclama bens na Justiça, exigindo à viúva quase 3,7 milhões de euros.
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Jorge Nuno Pinto da Costa morreu a 15 de fevereiro e, um mês e meio depois, o seu testamento faz correr muita tinta. Alexandre, o filho mais velho, avançou para os tribunais com dois processos contra a viúva do pai, a bancária Cláudia Campo.
Segundo fontes próximas, Alexandre Pinto da Costa estranha que o pai tenha deixado as contas bancárias quase a zero e suspeita que possam ter desaparecido várias obras de arte da família, num alegado caso de "descaminho de património".
Alexandre, que se reaproximou do pai nos últimos tempos, ficou de fora da quota disponível da herança - mas isso não significa que tenha sido deserdado, até porque, como explicou ao JN o advogado Guilherme Figueiredo, "isso só é possível caso haja um processo, uma condenação, algo que venha a pôr em causa o processo". Aqui, Alexandre apenas teve direito a menos do que a madrasta e a irmã, Joana, que é parte interessada nas ações do irmão.
No processo em que Cláudia Campo é ré, como cabeça de casal, Alexandre reclama quase 3,7 milhões de euros à viúva. A bancária ainda não terá sido notificada, mas já se aconselhou com advogados da Invicta, apurou o JN.
Como explicou o advogado Guilherme Figueiredo, o testamento só pode ser impugnado "se for provado que a pessoa que o fez não estava no pleno uso das suas faculdades mentais, se estava sob pressão ou se houver dúvidas que determinado bem seja da pessoa, ou por questão de falsidade".
No livro "Azul até ao fim", o ex-presidente do F. C. Porto manifestou preocupação com a divisão dos bens, deixando aos filhos um conselho da própria mãe. "Entendam-se, senão metade do que vos deixo será para os tribunais e advogados. Sábias palavras, que todos seguimos, e tudo dividimos sem o mínimo atrito", escreveu, antes de, em dezembro, ter alterado o seu testamento.