Investigação do "New York Times" revela acusações de abuso infantil contra Errol Musk, envolvendo cinco filhos e enteados na África do Sul e nos EUA. O pai do magnata Elon Musk nega e diz tratar-se de "nonsense" e "mentira absoluta".
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Errol Musk, engenheiro sul-africano de 79 anos e pai do multimilionário da tecnologia Elon Musk, enfrenta acusações de abusos sexuais a cinco filhos e enteados desde 1993.
A investigação do "New York Times" (NYT), baseada em registos policiais, processos judiciais, cartas pessoais e entrevistas, descreve um padrão de alegados abusos na África do Sul e na Califórnia.
As suspeitas começaram quando uma enteada, então com quatro anos, disse à família que Errol a tinha tocado de forma imprópria. Anos depois, a mesma jovem afirmou tê-lo surpreendido a cheirar roupa íntima sua.
Outros familiares acusam-no de abusar de duas filhas e de um enteado, incluindo um episódio em 2023 em que um menino de cinco anos terá contado a um assistente social que o pai lhe tocou nas nádegas.
Relação difícil entre pai e filho
O NYT refere que Elon Musk, de 54 anos, tem uma relação distante com o pai, apesar de este continuar a exercer "forte influência" sobre parte da família. Membros da família terão contactado o fundador da Tesla em busca de apoio, levando-o, por vezes, a intervir.
Errol Musk rejeita todas as acusações, qualificando-as de "sem sentido" e "absoluta mentira". Em declarações citadas pelo jornal, acusa familiares de o tentarem "extorquir" através do filho mais velho. Elon Musk não respondeu aos pedidos de comentário.
O magnata já tinha descrito publicamente o pai como "alguém capaz de quase todo o mal que se possa imaginar", numa entrevista à "Rolling Stone" em 2017, mas sem entrar em pormenores. "O meu pai terá sempre um plano de maldade cuidadosamente pensado. Ele planeia a maldade", chegou a dizer, noutra ocasião.
Três investigações foram abertas ao longo dos anos; duas terminaram sem acusação e o desfecho da terceira ainda é desconhecido.