Vítima de abusos físicos e psicológicos quando era adolescente, num internato no Utah, EUA, Paris Hilton conseguiu que o Congresso dos EUA aprovasse uma lei que impede abusos semelhantes. Na quarta-feira, a influencer e dj viu o sonho concretizado, como fez questão de partilhar e celebrar nas redes sociais.
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"Hoje é um dia que nunca esquecerei. Depois de anos a partilhar a minha história e a advogar no Capitólio, o 'Stop Institutional Child Abuse Act' foi oficialmente aprovado pelo Congresso dos EUA", partilhou Paris Hilton, quarta-feira.
Nas redes sociais, a influencer e dj norte-americana celebrou a aprovação da Lei Contra o Abuso Institucional de Crianças, que protege e regulamenta a segurança e o cuidado de crianças e adolescentes inseridas em programas residenciais para jovens.
Para Hilton, "este momento é a prova que as nossas vozes importam, que falar pode desencadear mudanças e que nenhuma criança deve suportar os horrores do abuso em silêncio".
Na adolescência, durante os dois anos em que esteve na Provo Canyon School, no estado do Utah, como várias vezes relatou, foi vítima de violência física e psicológica. Também foi forçada a tomar medicação sem qualquer tipo de recomendação médica, “privada de sono, olhada enquanto estava o chuveiro, enviada para a solitária e alvo de gritos constantes”.
Num artigo de opinião publicado, no ano passado, no jornal britânico "Telegraph", Paris Hilton contou ainda que a acordaram várias vezes de madrugada, sujeitando-a a abusos físicos com a desculpa de que era uma “avaliação médica”.
Após sofrer com o trauma durante duas décadas, transformou "a dor em propósito”, determinada em levar avante a legislação, batizada como “Stop Institutional Child Abuse Act”.
"Fiz isso pela versão mais jovem de mim mesma e pelos jovens que foram insensatamente tirados de nós pela Indústria dos Adolescentes Problemáticos", acrescentou nas redes sociais, agradecendo aos sobreviventes que também partilharam as suas experiências, às famílias que apoiaram a iniciativa, e aos legisladores que "tiveram a coragem" de lutar pela lei. A terminar, prometeu continuar a lutar pelas "crianças ainda presas nesses sistemas".