Príncipe Harry e Elton John conquistam primeira vitória contra tablóide britânico

O Tribunal Superior de Londres decidiu, esta sexta-feira, que o príncipe Harry, o cantor Elton John e cinco outras personalidades britânicas podem avançar com o seu processo contra a editora do jornal "Daily Mail", alegando um comportamento ilegal generalizado.

Nas audiências realizadas em março, a editora Associated Newspapers (ANL) tinha tentado o encerramento do caso, alegando que as queixas apresentadas em outubro de 2022 tinham prescrito os seis anos para ação judicial.

“Considero que cada requerente tem uma perspetiva real de demonstrar a ocultação pela Associated que não foi - e não poderia ter sido, com razoável diligência - descoberta pelo requerente relevante antes de outubro de 2016”, proferiu o juiz Matthew Nicklin.

Apesar da deliberação, o magistrado considerou que os sete queixosos não podiam basear-se nos livros de registo dos pagamentos feitos pela ANL a investigadores privados, revelados num inquérito público sobre as normas de imprensa iniciado em 2011, sem primeiro obterem a autorização dos ministros do Governo britânico.

As celebridades deram entrada com o processo em outubro de 2022, alegando terem sido “vítimas de atividade criminosa abominável” e de "violações flagrantes da privacidade", por escutas colocadas nas suas casas e subornos a polícias por informações confidenciais, entre outras práticas.

Em março, quando não era esperado, Harry viajou dos Estados Unidos, onde vive, para o Reino Unido, para marcar presença em tribunal, no primeiro dia da audiência preliminar.

Além do príncipe e do músico Elton John e o marido deste, cineasta David Furnish, o rol de queixosos inclui as atrizes Elizabeth Hurley e Sadie Frost.