Representante de Israel na Eurovisão evita público para não intensificar protestos contra o país
Yuval Raphael, participante de Israel no Festival Eurovisão da Canção, tem optado por manter uma postura discreta, evitando o contacto com o público, como forma de minimizar a tensão e os protestos contra a participação do seu país na competição, amplificados pelo conflito armado na Faixa de Gaza.
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Ao contrário dos restantes concorrentes, a representante de Israel no Festival Eurovisão da Canção tem optado por uma postura mais discreta, em parte devido aos protestos que marcaram a presença do país na edição do ano passado - protestos esses que se intensificaram no dia em que Eden Golan tentava garantir um lugar na grande final - e que continuam este ano.
Desde que chegou a Basileia, na Suíça, Yuval Raphael concedeu poucas entrevistas e fez poucas aparições públicas, concentrando-se sobretudo nos ensaios para apresentar o tema "New day will rise" além-fronteiras.
Esta quinta-feira, a jovem que sobreviveu ao ataque do Hamas durante o festival Nova, a 7 de outubro de 2023, subirá ao palco da Eurovisão, numa tentativa de garantir o apuramento de Israel, que participa no concurso há 50 anos, para a grande final. Segundo as casas de apostas, a artista, de 24 anos, é apontada como uma das favoritas a seguir para a próxima fase.
Apesar do contributo de Israel para a competição, país que já venceu o festival por quatro vezes, o público pró-Palestina e várias entidades, incluindo a emissora irlandesa RTÉ, têm-se mostrado relutantes quanto à sua participação nas duas últimas edições, devido ao conflito armado em curso no Médio Oriente, que já causou milhares de vítimas mortais na Faixa de Gaza.