Pela primeira vez, Sara Carbonero falou do cancro do ovário contra o qual lutou. Na hora de receber um prémio, num evento, a jornalista e ex-mulher do antigo guarda-redes do F. C.Porto Iker Casillas sublinhou que "há que normalizar o cancro" e não há mal em demonstrar vulnerabilidade.
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Em maio de 2019, Sara Carbonero surpreendeu ao revelar que tinha sido operada a um tumor maligno nos ovários, descrevendo-o como "uma das notícias mais duras da sua vida". Nos anos seguintes, pouco ou nada disse sobre a doença, sobre a qual abriu o coração, esta quarta-feira, num evento público, esperançosa e, simultaneamente, emocionada.
Na hora de receber um prémio num evento da "Elle", em parceria com a Asociação Espanhola contra o Cancro, em Madrid, a jornalista fez um discurso inspirador e sem meias palavras.
"Não foi fácil para mim decidir estar aqui a receber este prémio... Para mim, é a primeira vez que abro o coração para falr da minha doença, o cancro. Uma palavra que ouvi durante anos e que não gostava de fazer referência, porque acreditava que se não a referisse não seria uma realidade", afirmou.
Aos 40 anos, Sara admite que lhe custou "aceitar que isto não é uma carreira de fundo" e que vai "ser sempre uma paciente oncológica", aprendendo a conviver "com a incerteza". "Aprendi inclusivamente a abracá-la", acrescentou, com a voz embargada e os olhos marejados.
Estar no evento foi consequência de "um grande trabalho pessoal". "Olhei para dentro e percebi que esta travessai, ao longo deste deserto, se faz melhor acompanhada, que há que normalizar o cancro, que nos mostrarmos vulneráveis não é mau, muito pelo contrário", frisou a ex-mulher do antigo guarda-redes de Iker Casillas, antigo guarda-redes do F. C. Porto.
Consciente de que "nada é perfeito como pretendemos", Sara Carbonero quis "lançar uma mensagem de esperança, de alento para todas as pessoas que estão a lidar com esta cruel doença".