Músico e antigo executivo da editora Motown, Smokey Robinson, de 85 anos, é acusado de múltiplas violações e assédio durante quase duas décadas. Frances, a mulher do artista, é arguida, por não ter impedido os abusos. Quatro ex-funcionárias avançam com queixa por violência sexual contra Smokey Robinson
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Quatro ex-empregadas domésticas de Smokey Robinson apresentaram esta terça-feira uma queixa no Tribunal Superior de Los Angeles, alegando terem sido vítimas de agressões sexuais intencionais, gratuitas e maliciosas entre 2006 e 2024.
No processo, obtido pelo “The Hollywood Reporter” e citado pela revista “People”, as autoras — identificadas apenas como Desconhecida 1 a Desconhecida 4 — descrevem violações em várias divisões da casa sem câmaras de vigilância, como a lavandaria, a garagem e o quarto principal. Alegam ainda insultos, prisão ilegal e o não pagamento do salário mínimo.
A mulher do músico e antigo executivo da editora Motown, Frances Robinson, de 75 anos, figura também como arguida no processo, por, alegadamente, ter conhecimento total dos crimes do marido e de não ter tomado qualquer medida para os prevenir, apesar de saber de incidentes semelhantes no passado.
Cada uma das queixosas trabalhou com o artista em períodos distintos: Desconhecida 1, aos fins de semana, de janeiro de 2023 a fevereiro de 2024 (pelo menos sete agressões descritas); Desconhecida 2, entre 2014 e 2020 (reclama 23 episódios de violação, inclusivé em divisões isoladas); Desconhecida 3, de fevereiro de 2012 a abril de 2024 (cerca de 20 agressões); e Desconhecida 4, de outubro de 2006 a abril de 2024 (primeira agressão em 2007 e continuada até à demissão).
As supostas vítimas justificam que não recorreram mais cedo às autoridades por receio de perderem o sustento, sofrer retaliações familiares, enfrentar constrangimento público ou prejudicarem o seu estatuto migratório.