A despedida de Luís Jardim está marcada para esta quinta-feira, na Basílica da Estrela, em Lisboa. Produtor faleceu no dia em que completava 75 anos, na passada sexta-feira, vítima de paragem cardiorrespiratória.
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A música portuguesa perdeu uma das suas figuras mais queridas e respeitadas. Luís Jardim, percussionista, produtor e professor, morreu na passada sexta-feira, 4 de julho, precisamente no dia em que completava 75 anos.
Esta quinta-feira, familiares, amigos e admiradores terão a oportunidade de se despedir numa cerimónia pública na Basílica da Estrela, em Lisboa.
A partir das 11 horas, o corpo estará em câmara-ardente nas Capelas Exequiais da Basílica da Estrela. A missa de corpo presente está marcada para as 17 horas, na nave central da igreja. As cerimónias fúnebres posteriores decorrerão em privado, reservadas à família.
A viver nos últimos tempos na Covilhã, Luís Jardim encontrava-se em Lisboa para uma celebração familiar quando sentiu algum desconforto físico e decidiu repousar. Acabaria por partir de forma tranquila, no dia em que deveria ter celebrado a vida com os seus.
A notícia da sua morte foi recebida com consternação no meio artístico e em muitas outras esferas onde deixou marca.
Nas redes sociais, multiplicaram-se as homenagens, Maria João Silveira, jornalista e cunhada do músico, deixou uma mensagem comovente onde o descreveu como “o irmão que a vida [lhe] deu” e assinalou a coincidência trágica da data: “Um dia par para um homem ímpar. O lugar do Luís à mesa ficou vazio.”
Natural do Funchal, Luís Jardim destacou-se cedo no panorama musical madeirense, integrando a banda Demónios Negros ainda nos anos 60. Mais tarde, mudou-se para Inglaterra, e a música acabou por definir a sua vida.
Foi no Reino Unido que começou a colaborar com o produtor Trevor Horn e gravou álbuns emblemáticos como "The Lexicon of Love" (ABC),"Welcome to the Pleasure Dome" (Frankie Goes to Hollywood) e "Slave to the Rhythm" (Grace Jones). Trabalhou ainda com Seal, Tina Turner, Rolling Stones, David Bowie, Elton John, Celine Dion, Mariah Carey, Michael Jackson, e muitos outros.
Em Portugal, tornou-se mais próximo do grande público como jurado em programas de televisão como “Ídolos” e “A Tua Cara Não Me É Estranha”, onde a sua franqueza, exigência e sentido de humor se destacaram.
Mais do que um produtor brilhante, a família e os amigos recordam-no como um homem doce e inspirador — um “gigante” no palco e na vida.
Esta quinta-feira, a Basílica da Estrela será palco do último aplauso.