O vídeo na íntegra que mostra as agressões de P. Diddy à ex-namorada foi exibido durante o julgamento, apesar de os advogados do rapper terem tentado, sem sucesso, impedir a sua divulgação. As imagens, que são uma das provas-chave no processo, revelam pormenores do ataque ocorrido em 2016.
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O julgamento de P. Diddy entra no quarto dia em Nova Iorque, nos EUA, depois de a equipa de defesa do rapper não ter conseguido impedir que o júri assistisse à versão integral do vídeo em que o músico aparece a agredir a ex-namorada, Cassie Ventura.
As imagens perturbadoras foram captadas pela câmara de vigilância de um hotel em Los Angeles, em 2016, depois de a cantora ter decidido abandonar, mais cedo do que o previsto, uma das chamadas "freak offs", maratonas de sexo organizadas pelo produtor musical.
Depois de a CNN ter divulgado uma versão encurtada, o vídeo completo, com cerca de 15 minutos, revela vários ângulos das agressões. Nas imagens, Sean "Diddy" Combs é visto a correr pelos corredores do hotel à procura de Cassie e, posteriormente, a esbofeteá-la, pontapeá-la e arrastá-la violentamente pelo chão.
O vídeo mostra ainda o momento em que um dos seguranças do hotel, Israel Florez, intervém para socorrer a cantora. No seu testemunho em tribunal, Florez, que atualmente integra a força policial de Los Angeles, relatou que o músico, que chegou a vandalizar vários objetos do estabelecimento, incluindo um vaso, tentou suborná-lo para que não comentasse o sucedido com ninguém.
As imagens constituem uma das principais provas no julgamento de Puff Daddy, como também é conhecido. Os seus advogados tentaram contestá-las, alegando que o vídeo original tinha sido manipulado, mas sem sucesso.
Detido desde 16 de setembro, P. Diddy é acusado pelo Ministério Público de tráfico sexual, extorsão, transporte para fins de prostituição, entre outros crimes. Caso seja considerado culpado, o rapper poderá enfrentar uma pena de prisão perpétua.