Vin Diesel foi acusado de agressão sexual por uma ex-assistente, numa suite de hotel em 2010, quando decorriam as filmagens do filme "Velocidade Furiosa 5".
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Asta Jonasson, ex-assistente do ator Vin Diesel, apresentou, esta quinta-feira, uma ação judicial em Los Angeles, alegando que a estrela de Hollywood a agrediu sexualmente numa altura em que trabalhava para ele, em 2010, durante as filmagens do quinto filme de “Velocidade Furiosa”.
Para além da agressão sexual, a ação judicial, a que a revista "Vanity Fair" teve acesso, alega discriminação com base no sexo/género, causa intencional de sofrimento emocional, ambiente de trabalho hostil, rescisão sem justa causa e retaliação. Também acusa Vin Diesel e a sua produtora de tentativa de encobrimento e afirma que Asta Jonasson "sofreu e continua a sofrer humilhação, aflição emocional, dor mental e física e angústia".
Os representantes de Vin Diesel e da sua produtora ainda não comentaram a queixa.
Na ação judicial, segundo a “Vanity Fair”, a queixosa Asta Jonasson afirma que foi contratada pela empresa de Vin Diesel, a One Race, para trabalhar para o ator nas filmagens em Atlanta, onde “Velocidade Furiosa 5” estava a ser produzido. O processo descreve Jonasson como uma recém-licenciada em cinema, cujas responsabilidades profissionais incluíam a organização de festas, acompanhar o ator a festas e garantir que ela estava fisicamente próxima dele para o caso de serem tiradas fotografias dele com mulheres quando ele participava em eventos sem a sua namorada de longa data.
“Gritou e correu, aterrorizada”
O processo alega que, numa noite de setembro de 2010, Jonasson foi convidada a esperar na suite de Diesel no hotel St. Regis enquanto este estava com as hospedeiras que tinha trazido de uma discoteca. Assim que as outras mulheres se foram embora, refere o processo, Diesel "agarrou os pulsos da Sra. Jonasson, um com cada uma das mãos, e puxou-a para a cama". Ela pediu-lhe que parasse, escapou-lhe e esperou junto à porta da frente da suite que ele se fosse embora.
Em vez disso, diz o processo, ele aproximou-se novamente da assistente e começou a apalpar-lhe os seios e a beijar-lhe o peito, apesar dos seus apelos para que parasse. "A Sra. Jonasson tinha medo de recusar o seu empregador com mais força, sabendo que tirá-lo daquela sala era decisivo para a sua segurança pessoal e para a segurança do seu emprego", continua o processo. "Mas esta esperança morreu quando Vin Diesel se ajoelhou, empurrou o vestido da Sra. Jonasson até à cintura e molestou o seu corpo, passando as mãos pela parte superior das pernas da Sra. Jonasson, incluindo a parte interna das coxas".
De acordo com o processo, quando Diesel começou a puxar a roupa interior dela, Jonasson gritou e correu pelo corredor em direção à casa de banho, onde Diesel a prendeu à parede, colocando a mão dela no seu pénis ereto, mesmo quando ela se recusou verbalmente. Ele masturbou-se, alega o processo, enquanto "aterrorizada, a Sra. Jonasson fechou os olhos, tentando dissociar-se da agressão sexual e evitar enfurecê-lo".
Despedida horas depois
Horas mais tarde, segundo o processo, Samantha Vincent - irmã de Vin Diesel e presidente da One Race - telefonou a Jonasson para rescindir o seu contrato, após menos de duas semanas de trabalho.
"Ficou claro para ela que estava a ser despedida porque já não era útil - Vin Diesel tinha-a usado para satisfazer os seus desejos sexuais e ela tinha resistido às suas agressões sexuais", de acordo com o processo, que diz que a "autoestima de Jonasson foi esmagada e ela questionou as suas próprias capacidades e se uma carreira de sucesso exigiria que ela trocasse o seu corpo por um avanço".
A queixa revela ainda que esta não foi a primeira situação imprópria que ocorreu enquanto Jonasson estava a trabalhar para a empresa de Vin Diesel. Alguns dias antes, outro supervisor da One Race chamou-a ao seu quarto no St. Regis, tirou a camisa, meteu-se na cama e disse: "Vem cá". Jonasson saiu imediatamente do quarto, segundo o processo.
De acordo com a ação judicial, o acordo de confidencialidade assinado quando assumiu o cargo na One Race levou Jonasson a manter o seu silêncio durante os anos seguintes. Decidiu agora apresentar queixa devido a uma legislação que impede a aplicação de acordos de conficialidade em casos de agressão e assédio sexual (Speak Out Act) e também inspirada nos movimentos #MeToo e Time’s Up.