Mário Nogueira acusou o Governo de querer poupar dinheiro onde não pode ser poupado, e de deixar sem emprego cerca de 37 mil professores contratados. O dirigente traçou ainda aquilo que chamou de "ranking da desgraça", revelando que, no topo, está o 1º ciclo, que teve uma redução de quase 60% de colocações.
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Ao nível das disciplinas mais afectadas, na frente estão a Educação Musical (-55%), Educação Visual e Tecnológica (-44%) e Inglês (-42%).
Segundo o responsável da Fenprof, não há entrada de professores nos quadros desde 2006, argumentando que houve um concurso em 2009, mas "foi inexistente", porque entraram 300 e reformaram-se 17 mil.
"Há um colega em Faro que tinha 24 anos de serviço e que, este ano, pela primeira vez, não foi colocado. Isto é um despedimento. Se fosse num colégio privado, ao fim de três anos, estava nos quadros", disse.
Mário Nogueira apelou a que os professores sem colocação recorram aos tribunais para receberem indemnizações, direito que já foi reconhecido nos tribunais e pela Provedoria de Justiça, mas que o Ministério ainda não começou a pagar.
Pendentes, estão ainda mais de mil processos pendentes relativos a casos que se prendem com os cortes salariais da Função Pública. E avisou que, a haver novos cortes, serão apresentadas novas queixas.