
Já foi aberto o concurso público internacional para fornecimento de 250 mil novos computadores portáteis do programa e-Escolinhas.
Fonte do Ministério da Educação, citada pela Agência Lusa, revelou que o anúncio do concurso foi enviado terça-feira para publicação no jornal oficial da União Europeia e no Diário da República, após o que as empresas interessadas têm 48 dias para apresentar propostas.
Contactadas pela Agência Lusa, a Acer, a HP e a Toshiba confirmaram que irão a concurso, tendo também sido já dadas como interessadas a Asus e a Dell, para além da portuguesa JP Sá Couto, que forneceu os 400 mil portáteis Magalhães da primeira fase do concurso.
"A intenção da HP é apresentar-se a todos os concursos públicos para os quais tenha oferta no seu 'portfolio', como é o caso", disse o director de marketing desta empresa, enquanto fonte da Acer confirmou o "interesse" do fabricante em se "apresentar ao concurso".
Já a Toshiba disse estar, "à partida, interessada em participar neste concurso, tendo inclusive um equipamento da gama 'netbook' com as características ideias para o segmento em causa". A empresa ressalvou, contudo, que "só confirmará a sua presença após leitura e análise cuidada do respectivo caderno de encargos".
Em causa está o investimento de 50 milhões de euros previsto pelo Governo para compra dos 250 mil computadores para alunos do 1º ciclo do ensino básico até final de 2011, que a Toshiba considera "insuficiente".
"O valor anunciado de 200 euros por equipamento - 50 milhões de euros divididos por 250 mil unidades - é manifestamente insuficiente para garantir e suportar por si só e de forma qualificada a aquisição, instalação e manutenção destes equipamentos ao longo de toda a vida útil", afirmou recentemente ao "Diário Económico" fonte oficial da empresa.
A primeira fase do programa e-escolinhas gerou grande polémica, depois de o fabrico dos cerca de 400 mil portáteis distribuídos ter sido atribuído à portuguesa JP Sá Couto sem concurso público, o que é proibido pelas regras comunitárias e deverá originar a criação de uma comissão parlamentar de inquérito ao programa.
