Aguiar-Branco considera "uma não questão" desistir a favor de eventual candidatura de Marcelo
O candidato à liderança do PSD José Pedro Aguiar-Branco considerou hoje, sábado, uma "não questão" desistir da corrida à liderança do partido a favor de uma eventual candidatura de Marcelo Rebelo de Sousa.
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"Essa é uma não questão, porque Marcelo Rebelo de Sousa não disse que era candidato", respondeu o candidato, em declarações à agência Lusa.
O presidente do Governo Regional da Madeira apelou na sexta-feira ao entendimento entre os candidatos à liderança do PSD e sugeriu que seria bem melhor se todos desistissem a favor de uma eventual candidatura de Marcelo Rebelo de Sousa.
Em entrevista à Lusa, Alberto João Jardim explicou que não concorda "com três candidaturas nem com um partido dividido" e que por isso recusa participar naquilo que considera ser uma "opereta".
Sem fazer muitos comentários, José Pedro Aguiar-Branco descartou a possibilidade avançada por Alberto João Jardim e também já defendida por outras figuras do PSD.
José Pedro Aguiar-Branco, que falava em Portalegre à margem de um colóquio sobre o Orçamento do Estado para 2010, onde participou na qualidade de líder parlamentar do PSD, lançou ainda, momentos antes do inicio da sessão, algumas críticas a Pedro Passos Coelho.
Em entrevista à rádio Antena 1, Pedro Passos Coelho considerou que os candidatos à liderança do PSD estavam a entrar num "concurso" para ver quem "bate" mais em José Sócrates, considerando que essa não deve ser a estratégia a seguir.
José Pedro Aguiar-Branco reagiu a esses comentários, afirmando que o "adversário principal" é, nesta altura, o primeiro-ministro.
"A minha intervenção política tem, como é óbvio, como adversário principal quem está fora do partido e quem está fora é o engenheiro José Sócrates, é o Governo e o PS", disse.
"E como é óbvio acho que qualquer um dos candidatos à liderança do PSD deve centrar a principal actividade da sua crítica ao Governo, que tem deixado Portugal nas condições que estamos a sofrer", sublinhou.
Para o candidato, "é óbvio" e "normal" que todos os candidatos à liderança do PSD, como principal partido da oposição e "alternativa ao PS", tenham como "principal adversário político" José Sócrates.