Aguiar Branco quer reflexão sobre o papel de Portugal no combate ao Estado Islâmico
O ministro da Defesa, Aguiar Branco, alertou esta terça-feira que Portugal "não é um país periférico" e que deve refletir sobre o papel que deverá ter no combate ao Estado Islâmico. O governante, que participou nas cerimónias do feriado municipal de Tondela, alertou para o risco de ameaça e para a necessidade de combater os extremistas.
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"Se se propaga para a Líbia e para o Norte de África e Magreb, estamos a uma hora da Europa", afirmou.
"Muitas vezes, estas questões estão à margem da reflexão da nossa sociedade, dos nossos agentes que não vêm como prioritário este tipo de preocupações. Esta é uma realidade que é potencialmente muito relevante para a Europa", defendeu.
"Não temos qualquer dúvida que estamos no lado certo, ou seja, pela liberdade, pela democracia, pela tolerância e, portanto, nós já manifestámos a nossa solidariedade no combate a essa realidade. Em concreto como é que ela se irá desenvolver ainda está em fase de avaliação", esclareceu aos jornalistas. Garantiu, no entanto, que Portugal terá o seu papel, que não passa por uma lógica puramente militar.
"Há investimentos que podem ser em Inteligence, no sentido de ter maior capacidade de fiscalização, de informação, de treino, que permitam minimizar estes riscos", declarou. O ministro assegurou que Portugal tem capacidades orçamentais para estar do lado da comunidade internacional contra este tipo de ameaças.
"As forças nacionais destacadas participam já em diversos teatros de operações. Em 2015 vai ser possível definir missões de âmbito humanitário e de combate ao terrorismo", afirmou.