Manuel Alegre declarou, este sábado, no XVII congresso socialista, que "o PS está aberto ao diálogo", sendo necessário consenso no momento de "pensar em Portugal, acima de querelas partidárias". Mas "consenso não é colocar o PS a reboque do PSD", avisou.
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O histórico socialista, que foi o candidato apoiado pelo PS nas eleições presidenciais, criticou o facto de o apelo ao consenso lançado pelo secretário-geral não ter sido ouvido. "Ninguém respondeu", acusou Alegre.
No congresso socialista que decorre em Matosinhos, defendeu "unidade sem apagar as diferenças" e disse estar presente nesta reunião-magna "em família", naquele que "é um dos momentos mais graves e mais difíceis da vida socialista". "Estamos aqui todos, nas diferenças das nossas opiniões", sublinhou Alegre, que apelou à união em torno de José Sócrates para denunciar e combater "a ofensiva neoliberal da Direita".
Quanto às legislativas, citou Salgado Zenha e destacou que "só é vencido quem desiste de lutar". Mas "o PS não tem medo de eleições" e "não vira a cara à luta", garantiu.
Manuel Alegre destacou que a saúde, a escola pública, a segurança social e o conceito de justa causa, entre outros, "são a diferenciação entre o PS e o PSD".
Contra a "ditadura dos mercados financeiros", disse ser necessário lutar também "pela autonomia do nosso país". "Mas a libertação do nosso país passa" por combater a dívida e consolidar as contas. Já o PSD, acusou Alegre, "abriu caminho" ao FMI e a medidas "mais duras" para os portugueses.