António Barreto defendeu, esta sexta feira, durante a IV Conferência Internacional do Funchal, que se Portugal sair da União Europeia atravessará "um longuíssimo período de pobreza".
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O sociólogo não é favorável ao actual modelo europeu que, afirmou "não prestou suficiente atenção aos cidadãos", mas espera, no entanto, que Portugal não saia da União Europeia. Diz ainda que "se Portugal sai da União Europeia e das suas relações privilegiadas com os países europeus, creio que nos esperam um longuíssimo período de pobreza, de isolamento e, talvez, de menor liberdade".
Ao dissertar sobre "Um rumo para Portugal", António Barreto lembrou que "um rumo para um país não é coisa para um homem só, é coisa para um povo" e defendeu "um clima de maior confiança entre os seus dirigentes e os cidadãos e, sobretudo, de informação, de discussão e de debate".
Fez ainda um apelo aos dirigentes políticos e económicos para se desdobrarem em informação à população para que a população, sabendo mais, possa continuar, sem receio, do futuro e ter um estímulo em participar". Insistiu que é preciso dar a conhecer os problemas para que a população possa saber o que está em causa e assim poder participar.
Finalizou dizendo que nos próximos anos é necessário "refazer ou repensar a União Europeia noutros moldes, conforme está não dura muito tempo".
A IV Conferência Internacional do Funchal termina no próximo sábado e tem este ano a participação de António Barreto, Serge Latouche, Júlio Machado Vaz, Gilles Lipovetsky e Viriato Soromenho-Marques.