António Costa considerou, esta segunda-feira, "ofensivas" as novas medidas de austeridade, anunciadas por Pedro Passos Coelho, acusando o Governo de violar direitos elementares e a decisão do Tribunal Constitucional. Para o presidente da Câmara de Lisboa, só uma solução resta ao PS: votar contra a proposta de Orçamento de 2013.
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Para Costa (PS), o país atingiu "um ponto de rutura, relativamente a um trajeto que estávamos a fazer".
"Houve um falhanço da política que estava a ser seguida. E com o anunciar, agora, de medidas de tal forma ofensivas, de desrespeito pelo Estado de Direito e pelo Tribunal Constitucional, o PS não tem condições para negociar estas medidas. No meu ponto de vista são inegociáveis e de uma rutura", disse o autarca, esta manhã, à margem da apresentação da novo sistema de circulação rodoviário na rotunda do Marquês de Pombal, em Lisboa.
"É preciso ver o que aconteceu ao longo deste ano: não haverá consolidação sem crescimento económico. E se o Governo quer consensos, é esse o consenso que deve procurar", frisou.
Sobre o aumento de 11% para 18% da contribuição dos trabalhadores para a Segurança Social, Costa considera que irá "agravar as medidas de austeridade".
São (medidas) particularmente ofensivas do ponto de vista ético, de discriminação do trabalho, de desigualdade e de fraude relativamente à decisão do Tribunal Constitucional", garantiu o socialista.