António José Seguro manifesta respeito pela "autonomia" das associações cívicas
O secretário-geral do PS, António José Seguro, manifestou, segunda-feira, em Ponta Delgada, respeito pela "autonomia" das associações cívicas e recordou que o partido é um dos signatários do manifesto de apelo à manifestação do 25 de Abril.
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"Nós respeitamos a autonomia das associações cívicas no nosso país. Temos um grande respeito pela Associação 25 de Abril", afirmou António José Seguro, questionado pelos jornalistas sobre a decisão da Associação 25 de Abril de não participar nas cerimónias oficiais comemorativas da data, antes de se saber que o ex-Presidente da República Mário Soares e o histórico socialista Manuel Alegre também iriam faltar à sessão solene.
"Registamos essa tomada de posição", frisou, escusando-se a fazer mais comentários sobre a questão.
O líder socialista, que falava no final de uma audiência com o presidente do Governo dos Açores, salientou que o PS "é signatário do manifesto de apelo à manifestação que ocorre todos os anos no 25 de Abril".
A Associação 25 de Abril anunciou hoje que não participará este ano, pela primeira vez, nas celebrações oficiais da Revolução dos Cravos por considerar que "a linha política seguida pelo atual poder político deixou de refletir o regime democrático herdeiro do 25 de Abril".
Em solidariedade, o antigo Presidente da República e antigo primeiro-ministro Mário Soares também não comparecerá na Assembleia da República, avançou a edição online do jornal Público.
Também o ex-candidato presidencial Manuel Alegre disse à Agência Lusa que, em solidariedade com a decisão da Associação 25 de Abril, também estará ausente da sessão solene comemorativa da revolução no Parlamento.
"Não vou. A celebração sem aqueles que fizeram o 25 de Abril, para mim, não tem o mesmo significado. Quando se fez o 25 de Abril em 1974, eu estava no exílio. Se hoje se vive em liberdade em Portugal, a eles [militares de Abril] o devemos", justificou o ex-candidato presidencial.