O secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, acusou, este sábado, o Governo de "estar obcecado com os números" e de ignorar as pessoas ao querer aplicar aos pensionistas a Contribuição Extraordinária de Solidariedade de forma definitiva.
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Arménio Carlos disse aos jornalistas que não entende como é que o Governo quer impor uma medida que conta com a oposição de todas as forças políticas da esquerda à direita.
O sindicalista falou aos jornalistas no início da manifestação que decorre na capital em defesa de novas políticas para o país e que conta com a participação de milhares de pessoas do distrito de Lisboa.
O desfile decorre ao som de palavras de ordem como "Desemprego em Portugal é vergonha nacional", "O povo unido jamais será vencido" e "Contra a exploração a luta é solução".
A manifestação, que saiu da Praça do Príncipe Real em direção à Praça do Município, decorre de forma ordeira marcada pelo colorido das bandeiras vermelhas da CGTP e por fortes apitadelas.
A jornada nacional de luta da CGTP, que tem como lema 'Contra a Exploração e o Empobrecimento', tem repercussões em todos os distritos do Continente, na Madeira e Açores.
Estão previstas manifestações ou concentrações em todas as capitais de distrito, exceto em Castelo Branco, dado que a manifestação distrital se realizará na Covilhã.
Para o Algarve estão marcadas três manifestações, uma em Faro, uma em Vila Real de Santo António e outra em Portimão.
Nas ilhas estão marcadas concentrações no Funchal, em Angra do Heroísmo, em Ponta Delgada e na Horta.
A jornada de luta foi marcada em protesto contra os cortes salariais e das pensões, o aumento da carga fiscal, o agravamento do custo de vida e do desemprego.
A CGTP reivindica novas políticas que passem pelo aumento imediato dos salário e pensões, o alargamento da proteção social a todos os desempregados e um programa de emergência de combate ao desemprego.