O líder do BE acusou o Governo de impor numa "economia da piranha" e de estar a querer escrever "uma nova Constituição", com o primeiro-ministro a contrapor que o Orçamento trará um ajustamento estrutural.
Corpo do artigo
Num discurso duro e muito crítico para as medidas inscritas no Orçamento do Estado para 2012 que foram quinta-feira anunciadas pelo primeiro-ministro, o líder do BE, Francisco Louçã sublinhou que os portugueses perguntam porque o Governo insiste no caminho dos sacrifícios e na destruição da economia.
"Os portugueses já começam a saber a resposta: trabalhasse mais para sermos mais pobre. É a economia das piranhas, mais 15 dias de trabalho gratuito para a economia cair mais, menos dois meses de salário para a economia ficar pior, tirar dois meses de pensões aos nossos pais para melhorar a vida social", afirmou Francisco Louçã, concluindo que estas medidas "só podem dar errado".
Na resposta a todas as críticas da bancada do BE, Passos Coelho acabou por contrapor esta ideia, garantindo que o Orçamento do Estado para 2012 "traz um ajustamento estrutural e uma consolidação do défice que perdurará para a frente".