O coordenador do BE desafiou, esta sexta-feira, PS e Seguro a darem a "mão à palmatória" e garantirem a rejeição do tratado orçamental, considerando que a diferença entre a austeridade rosa e laranja é que "uma dói e a outra mói".
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João Semedo apontou esta sexta-feira, de novo, as baterias do discurso político ao PS e, desde Faro, aproveitou o dia em que se anunciou a presença do ex-primeiro-ministro José Sócrates na campanha socialista para deixar um desafio e uma exigência ao partido de António José Seguro.
"Se o PS está contra a austeridade não pode estar a favor do tratado orçamental. E portanto aquilo que é o desafio certo, sério nestas eleições, é exigir que António José Seguro dê a mão à palmatória e diga aos portugueses que rejeitará o tratado orçamental no futuro", atirou.
Na opinião do coordenador do BE só desta forma "se fará a prova dos nove se sim ou não deixaremos de ter uma austeridade cor-de-rosa para contrapor a austeridade laranja do presente".
"Porque hoje - se quiserem até amanhã - a austeridade chama-se "troika" mas depois de amanhã a austeridade chama-se tratado orçamental", justificou.
Semedo tinha começado por recordar que nos últimos anos os portugueses "conheceram duas austeridades: a austeridade cor-de-rosa e a austeridade laranja".
"E perguntam-me afinal de contas elas são iguais ? Não, não são. Então qual é a diferença ? Talvez a diferença seja que uma dói e a outra mói", respondeu.
O deputado bloquista continuou: "se me perguntarem qual é a que mói e qual é a que dói, talvez a melhor resposta seja: tanto faz. Doem e moem as duas".
O PS manteve-se na mira de João Semedo, que considerou que o voto neste partido "é para a esquerda uma ilusão".
"É uma ilusão hoje mas será amanhã, para a esquerda uma desilusão. Os socialistas que não se esqueçam disto no dia 25 quando votarem", enfatizando, reiterando o apelo ao voto útil.
Mas o coordenador do BE não esqueceu o Governo e a saída da troika no seu discurso, dizendo que sábado, o dia do final do programa de assistência financeira, é para a direita "um dia de foguetório e champagne".
Segundo João Semedo aquilo que "na realidade celebram é o que fica da "troika", o que a "troika" cá deixa": "um país que fizeram regressar ao século passado".