O novo coordenador do BE, João Semedo, disse esta quinta-feira que as reuniões pedidas ao PS, PCP,CGTP e UGT têm o objetivo de encontrar uma "convergência das forças de esquerda" para "interromper esta política e demitir este Governo".
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"Nós não escondemos que o objetivo que temos é a convergência das forças sociais e políticas de esquerda interessadas e motivadas para interromper esta política e demitir este Governo, não escondemos esse objetivo e todo o diálogo que temos, seja com quem for, tem esse objetivo", afirmou Semedo.
João Semedo, recentemente eleito coordenador do BE, juntamente com Catarina Martins, falava aos jornalistas no Parlamento a propósito das reuniões pedidas aos secretário-gerais do PS e PCP e das duas centrais sindicais (já agendadas com a CGTP para sexta-feira e com a UGT para segunda).
O líder bloquista referiu ainda que o PCP já confirmou mas falta ainda "acertar uma data" e que o PS ainda não deu qualquer resposta.
"O BE saiu mobilizado da sua Convenção para aquilo que considera ser a urgência política do momento que é a demissão deste Governo e isso implica uma concertação e grande mobilização das forças sociais e políticas de esquerda", disse João Semedo.
Questionado sobre se estes encontros representam mais do que uma formalidade, o coordenador do BE disse que "para apresentar cumprimentos fazia-se isso nos corredores da Assembleia e não era preciso fazer essas reuniões": "São reuniões com um sentido e um conteúdo político e julgo que o nosso pedido explicita esse conteúdo e que as respostas vão nesse sentido".
"Hoje temos mais pobres, mais desempregados, mas também mais dívida e mais défice, nós queremos interromper este desgraçado rumo do país (...) queremos interromper este ciclo e por a esquerda a governar o país porque é isso que o país precisa", frisou.
Já sobre a ausência de resposta dos socialistas, Semedo diz não ver mais do que "uma questão de agenda e oportunidade".
"Não nos passa pela cabeça que o PS, um partido democrático e que tantas vezes tem afirmado que se interessa e partilha da necessidade de dialogar com a esquerda, não faça esta reunião", acrescentou.