O ministro da Administração Interna, Rui Pereira, disse hoje que a capacidade operacional da Unidade Nacional de Trânsito da GNR vai ser reforçada, estando neste momento uma comissão a fazer um balanço da sua actividade.
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Na apresentação do balanço provisório dos dados da sinistralidade de 2009, Rui Pereira afirmou que está a ser "reequacionado" o modo de funcionamento da Unidade Nacional de Trânsito da GNR.
Para tal, foi criada uma comissão para efectuar o balanço da actividade desta unidade e para "reforçar a sua capacidade operacional", salientou, adiantando que a comissão vai apresentar as conclusões em Fevereiro.
No âmbito da regulamentação da Lei Orgânica da GNR, a 01 de Janeiro de 2009 entrou em funcionamento a Unidade Nacional de Trânsito e a Brigada de Trânsito (BT) foi extinta, tendo sido cerca de dois mil militares colocados nos destacamentos de trânsito dos 18 comandos territoriais de Portugal Continental.
Para a UNT foram transferidos 160 efectivos da ex-BT, que estão em Lisboa e Porto, únicos locais que dispõem desta unidade especializada.
A extinção da BT tem gerado contestação não só a nível interno da GNR, mas também tem merecido críticas por parte de entidades do sector automóvel e de associações de defesa dos condutores.
Destacando a tendência decrescente do número de vítimas mortais resultantes de acidentes rodoviários, Rui Pereira referiu que para a "crescente consciencialização" dos condutores tem contribuído "a aposta firme na prevenção e na segurança rodoviária e uma fiscalização mais frequente e eficaz por parte das forças de segurança".
O ministro adiantou que "a valorização da segurança rodoviária e a consequente diminuição da sinistralidade" são "objectos centrais" do Governo, sendo a Estratégia Nacional de Segurança Rodoviária uma "ferramenta valiosíssima para tornar as estradas lugares mais seguros".
Entre as medidas previstas na Estratégia Nacional de Segurança Rodoviária, que tem como objectivo colocar Portugal entre os 10 países da União Europeia com menores taxa de sinistralidade, estão a instalação de uma rede nacional de radares, simplificação do processo de contra-ordenações, melhor sinalização nas estradas e aperfeiçoamento do ensino da condução, disse ainda Rui Pereira.
Por sua vez, o ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, António Mendonça, também presente na cerimónia, referiu que as novas infra-estruturas previstas apontam para "uma redução entre 30 a 40 por cento da sinistralidade rodoviária".
António Mendonça sublinhou que a diminuição dos mortos nas estradas também está relacionada com a modernização das infra-estrututuras rodoviárias.
Segundo o ministro, nos últimos quatro anos 21 por cento da rede rodoviária nacional recebeu intervenções, das quais oito por cento foram novas construções, sete por cento requalificações e alargamentos e seis por cento conservações de vias.
Os acidentes nas estradas portuguesas provocaram 738 vítimas mortais no ano passado, menos cinco por cento do que em 2008, segundo dados provisórios hoje apresentados no Ministério da Administração Interna, em Lisboa.