O presidente da República, Cavaco Silva, condecorou seis personalidades do têxtil e do vestuário com as insígnias de comendador da Ordem de Mérito Industrial.
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No âmbito da quarta jornada do Roteiro para uma Economia Dinâmica, dedicada à indústria têxtil e vestuário, Cavaco Silva encerrou a sessão de homenagem ao setor e comemorativa dos 50 anos da Associação Têxtil e Vestuário de Portugal (ATP) com a condecoração, com o grau de comendador da Ordem de Mérito Industrial, de seis personalidades desta indústria, cujo desempenho e resultados elogiou.
"Tomei, por conseguinte, a decisão de distinguir algumas personalidades que se destacaram, por mérito próprio, e que corporizam, pelas suas histórias de vida, o espírito pioneiro e inovador da Indústria do Têxtil e Vestuário. Através delas, presto tributo a todos os industriais do setor", disse o presidente da República, em Famalicão.
O presidente da Comissão Executiva (CEO) da Impetus, Alberto Figueiredo, a criadora da empresa Flor da Moda Confeções e da marca em nome próprio, Ana Sousa, o CEO do Grupo Valérius, José Vilas Boas Ferreira, a CEO do Grupo DiasTêxtil, Maria da Conceição Martins Dias, o administrador da Estamparia Têxtil Adalberto Pinto da Silva, Mário Jorge Machado, e o CEO da Petrotex, Sérgio Manuel da Silva Neto.
Durante o discurso, o Presidente afirmou que "o têxtil e vestuário é talvez o setor cuja imagem foi mais associada a um certo declínio económico dos vários setores industriais no final do século XX".
"Mas hoje há sinais de que a tormenta está a passar. Os resultados dos últimos anos, e especialmente do ano de 2014, dão-nos razões para otimismo", considerou, destacando a "visão dos empresários que acreditaram na viabilidade das suas empresas".
Cavaco Silva afirmou que, "num clima especialmente adverso, foi possível assistir a uma recuperação das margens, com importantes ganhos de produtividade, que cresceu 38% entre 2009 e 2013".
"As exportações de têxtil e vestuário tiveram em 2014 o melhor ano da última década, com um crescimento de 8%, representando 10% da exportação nacional de bens. De realçar que 80% da produção foi exportada, uma proporção sem precedentes", sublinhou.
Na opinião do chefe de Estado, o setor - que agrega cerca de sete mil empresas e emprega mais de 120 mil trabalhadores - "deu um contributo importante para fazer de 2014 um ano de viragem na evolução da economia portuguesa".
"Os setores transformadores são o pulmão de qualquer economia saudável. São terreno fértil para a geração de novas possibilidades tecnológicas e de inovação e o principal motor das exportações. É indiscutível a sua contribuição para o crescimento e para o dinamismo da economia portuguesa", acrescentou.