O ministro das Finanças defendeu, sexta-feira, em Godollo, que o Presidente da República deve "exercer o seu magistério de influência" para que os vários partidos portugueses cheguem a acordo para viabilizar o apoio financeiro solicitado.
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O Presidente da República deve "presidir, obviamente, exercendo o seu magistério de influência e procurando, com certeza, criar um ambiente favorável para que este processo corra nas melhores condições", disse Teixeira dos Santos à margem da reunião dos ministros das Finanças da União Europeia.
Os ministros das Finanças da Zona Euro e da União Europeia ativaram hoje ao fim da manhã o processo que vai levar à concessão de uma assistência financeira a Portugal e pediram entre outras coisas o envolvimento de todos os partidos nas negociações que vão começar.
A "Declaração dos Ministros do Eurogrupo e Ecofin" sobre Portugal refere que o apoio financeiro será concedido com base num programa de políticas apoiado numa "condicionalidade estrita" e negociado com as autoridades portuguesas com o envolvimento dos "partidos políticos principais".
"A preparação irá começar imediatamente para se chegar a um acordo inter-partidário que assegure que o programa de ajustamento pode ser adoptado em meados de maio e implementado rapidamente depois da formação do novo Governo", acrescenta a declaração dos ministros.