O presidente da República sublinhou, esta sexta-feira, a necessidade de ter uma "visão de futuro" para Portugal e a importância da investigação e da ciência para "a resolução dos problemas nacionais e para o desenvolvimento do país".
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Em Braga, para presidir à cerimónia de entrega do Grande Prémio Bial de Medicina, Cavaco Silva, elogiou o "contributo" da Fundação BIAL "para o reconhecimento dos investigadores portugueses" e apontou a aposta na ciência como "o caminho a seguir".
"Estimular o desenvolvimento de projectos de intensidade tecnológica a partir dos trabalhos de investigação desenvolvidos em Portugal é o caminho que não podemos abandonar se queremos no futuro um Portugal mais desenvolvido e justo", afirmou.
Segundo o presidente da República, "a biociência é a área em que os investigadores portugueses mais se têm distinguido a nível internacional" isto porque, considerou, "Portugal tem investigadores de grande qualidade e instituições de investigação de excelência".
"Não podemos deixar de valorizar a importância do trabalho dos cientistas para a resolução das dificuldades dos problemas nacionais e para o desenvolvimento do pais", alertou Cavaco Silva.
Ainda sobre o papel da ciência em Portugal, o presidente da República considera que esta tem um "lugar primordial" no "rumo" do país. "Precisamos de ter uma visão de futuro, pensar no que queremos que Portugal seja. Neste rumo a ciência e a investigação não podem deixar de ocupar um lugar primordial", disse.
Exemplo da importância que o presidente atribui à investigação são "os roteiros para a ciência" nos quais Cavaco afirmou procurar "mostrar os bons exemplos no domínio da investigação e do desenvolvimento".
Chamou também a atenção para a "iniciativa privada e para a importância do investimento" em ciência, assim como para "as possibilidades que podem advir desse investimento".
"São já muitos os casos de investigadores que formam as suas empresas transformando em valor o que fazem nos laboratórios", adiantou.
O Grande Prémio BIAL de Medicina 2010 foi atribuído ao investigador Vladimir Hachinski pela investigação "AVC silenciosos e a traiçoeira doença de Alzheimer" que concluiu "embora sejam doenças distintas os Acidentes Vasculares Cerebrais e a doença de Alzheimer têm muito em comum".