O Presidente da República considerou, esta quarta-feira, o eventual prolongamento do prazo para Portugal pagar a dívida como um passo positivo e uma medida correta.
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"É uma medida correta, na medida em que se sabe que o ano de 2016 e o ano 2021 verificavam concentrações muito grandes de amortização da dívida para com o fundo europeu de estabilidade financeira e para com o mecanismo de estabilização financeira", afirmou o chefe de Estado, Aníbal Cavaco Silva, em declarações aos jornalistas no final da cerimónia de inauguração da Moagem da Nacional, na Fábrica da Cerealis, em Lisboa.
Desta forma, acrescentou, o prolongamento do prazo é um passo "positivo" e, de acordo com as informações disponíveis, tem já "apreciação positiva de natureza política por parte dos outros Estados membros".
Questionado se considera o prazo de 15 anos "excessivo" ou "o ideal", o Presidente da República notou que o Governo é que tem todos os dados e sabe qual a reação que encontrou da parte dos parceiros europeus.
"É uma matéria que não depende apenas do nosso gosto, depende também do que os nossos parceiros europeus, do que os nossos credores, estejam dispostos a dar", acrescentou, manifestando-se confiante de que o Governo "vai conseguir o melhor resultado" para o país.
Contudo, frisou, é também necessário que exista "uma atitude cooperante do lado da Europa que nos emprestou a dinheiro".
"Se eles estão dispostos a alargar as maturidades é porque reconhecem que o povo português está a ter um comportamento muito responsável, porque está a suportar sacrifícios muito grandes e eu espero que esta sétima avaliação da 'troika' tenha em atenção os grandes sacrifícios que têm vindo a ser pedidos ao povo português e a sua atitude muito responsável e que tenham também em conta a situação económica e social do país e a incidência daquilo que se passa no resto da Europa", sustentou.
