O porta-voz do CDS-PP, João Almeida, encarou, esta quinta-feira, como "uma opinião", que os democratas-cristãos não partilham, a ideia defendida pela "troika' que o sector privado deve aplicar reduções salariais.
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"Encaramos como uma opinião, neste caso como uma opinião que não partilhamos", afirmou João Almeida aos jornalistas no Parlamento.
O vice-presidente da bancada parlamentar sublinhou que "o CDS entende que não cabe ao Governo definir uma política salarial do sector privado em Portugal".
"Pelo contrário, devem-se fomentar os acordos de empresa, para que no seio de cada empresa trabalhadores e empregadores encontrem a melhor solução para a empresa nesse momento e para uma retribuição justa do trabalho e da produtividade dos trabalhadores", sustentou.
A 'troika' defendeu na quarta-feira que o sector privado deve seguir o exemplo do sector público e aplicar reduções salariais, "a fim de melhorar a competitividade dos custos da mão-de-obra", conforme consta do comunicado da missão conjunta da Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional.
João Almeida referiu que "Portugal assinou com a "troika' um memorando de entendimento que tem em vista o financiamento de Portugal nos próximos anos e em que se compromete a uma serie de medidas" e que "dessas medidas não constam medidas relativas aos salários no sector privado".