O líder do grupo parlamentar do CDS-PP disse, este domingo, não ter ouvido do primeiro-ministro nenhuma afirmação crítica sobre a ausência de Paulo Portas na tomada de posse dos ministros e secretários de Estado, que atribuiu a "uma razão atendível".
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"Não vi nenhuma afirmação que considere crítica da parte do senhor primeiro-ministro. O que eu posso dizer é que terá sido uma razão atendível", afirmou aos jornalistas o líder parlamentar do CDS-PP, Nuno Magalhães.
O líder da bancada centrista falava aos jornalistas enquanto decorria o Conselho Nacional do partido, o órgão máximo entre congressos, que está reunido em Lisboa.
Sobre a ausência do ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, que é líder do CDS-PP, na tomada de posse dos novos ministros e secretários de Estado no sábado, Nuno Magalhães respondeu que "não estava também o ministro de Estado e das Finanças, não estava o ministro da Administração Interna [e que] estavam os ministros do CDS" e ele próprio.
"Eu acho que o país tem tantos problemas que estas leituras políticas são o menos perante os problemas que o país atravessa", afirmou Nuno Magalhães.
O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, afirmou no sábado ter-lhe sido transmitido que Paulo Portas faltou à tomada de posse porque estava "demasiado longe de Lisboa" e considerou que só o próprio pode interpretar essa ausência.
"Foi-me transmitido que o senhor doutor Paulo Portas se encontrava demasiado longe de Lisboa àquela hora e que não conseguiria estar na posse. Não quero fazer nenhuma interpretação. Qualquer interpretação só pode ser feita por ele", declarou Pedro Passos Coelho, em resposta aos jornalistas, no final de quase sete horas de reunião do Conselho Nacional do PSD, num hotel de Lisboa.
Em seguida, o primeiro-ministro disse, em resposta a uma pergunta sobre se gostaria que o ministro de Estado tivesse estado presente: "todos os membros do Governo, quando se empossam ministros, desde que estejam cá e tenham essa possibilidade, devem estar presentes".
O Presidente da República, Cavaco Silva, deu posse no sábado a Luís Marques Guedes como ministro da Presidência e dos Assuntos Parlamentares e a Miguel Poiares Maduro como ministro adjunto e do Desenvolvimento Regional, e também a quatro secretários de Estado, na sequência da demissão de Miguel Relvas, na semana passada.