O líder parlamentar do CDS-PP destacou, esta sexta-feira, o esforço de "equidade" entre o setor público e privado das medidas de austeridade anunciadas pelo primeiro-ministro, afirmando que visam também a criação de emprego.
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Em declarações aos jornalistas na Assembleia da República, Nuno Magalhães reconheceu que são medidas "duras, austeras e difíceis" mas contrapôs que contêm "incentivo à criação de emprego e alguma solidariedade para que quem tem contribua um pouco do pouco que tem".
O deputado referia-se ao aumento da taxa de descontos para a Segurança Social dos trabalhadores do setor privado, que passará de 11% para 18 %.
Nuno Magalhães indicou que esta medida "tem em conta a equidade necessária", distinguindo o setor público do privado e as suas diferenças de "garantia e segurança no trabalho" e também níveis salariais.
O líder parlamentar democrata-cristão garantiu que as medidas anunciadas por Pedro Passos Coelho não ameaçam o consenso dentro do governo de coligação e disse esperar que sejam discutidas "de forma aprofundada, aberta e rigorosa" na concertação social para reduzir o impacto que possam ter no setor privado.
Principalmente, destacou, as medidas não significam aumento de impostos, uma exigência do CDS-PP.
Lembrou ainda que as medidas hoje divulgadas foram a resposta encontrada pelo governo à declaração do Tribunal Constitucional sobre a inconstitucionalidade da retirada dos subsídios de Natal e férias aos trabalhadores do Estado, um problema "dispensável num país que já tem muitos problemas".