CDS vinca que é dever do PS ser construtivo pela responsabilidade que teve no país
O porta-voz do CDS afirmou, esta terça-feira, que as responsabilidades que governos do PS tiveram na atual situação do país requerem que os socialistas estejam agora disponíveis não apenas para conversar, mas também para encontrar soluções construtivas.
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João Almeida assumiu esta posição no final de uma reunião entre as direções do PS e do CDS, cujas delegações foram lideradas pelos líderes destes dois partidos, António José Seguro e Paulo Portas, respetivamente.
"Todos sabemos que o PS tem enormes responsabilidades no momento que o país vive, tem enormes responsabilidades pelo facto de estarmos sob resgate financeiro e termos perdido parte da nossa autonomia. Por isso, é natural que se fale sobre isso e sobre políticas de futuro", disse o dirigente democrata-cristão, transmitindo assim uma imagem pouco consensual sobre o resultado da reunião.
Interrogado sobre aspetos de convergência entre socialistas e democratas-cristãos, João Almeida referiu que "há os pontos comuns que havia antes e que poderão existir depois, assim como as divergências que já existiam antes e que poderão existir depois".
"Esta reunião foi pedida pelo PS para falar sobre as conclusões do seu congresso e o CDS correspondeu ao pedido com toda a naturalidade. Temos defendido o diálogo e, se esse diálogo gerar consensos, é importante", respondeu.
João Almeida acentuou a seguir que o PS, pelas responsabilidades "que tem no atual momento do país, não pode ter uma postura exclusivamente negativa, estando indisponível para construir soluções".
"Quem teve tanta responsabilidade tem de estar disponível para isso", insistiu.
O deputado democrata-cristão referiu depois que "os portugueses sabem que entre o PS e o CDS há uma enorme divergência, porque um está no Governo e outro na oposição".
"Mas há pontos em que os partidos podem dialogar para encontrar soluções de futuro, como aliás temos defendido que deve acontecer dentro do arco da governabilidade, que inclui naturalmente o PSD", acrescentou.