A CGTP considerou esta quarta-feira que as propostas do FMI correspondem a "intenções de puro terrorismo social" que generalizam o empobrecimento, enfraquecem a democracia e põem em causa a soberania do país.
Corpo do artigo
O Fundo Monetário Internacional (FMI) defendeu num relatório hoje divulgado uma redução até 20% no número de trabalhadores do Estado nas áreas da educação, segurança e ainda nos administrativos com baixas qualificações, que possibilitaria poupar até 2,7 mil milhões de euros.
Para aumentar a poupança na despesa pública, o FMI defendeu ainda mais reduções nos salários, nas pensões e nas prestações sociais e a colocação de mais funcionários públicos em mobilidade especial, com possibilidade de despedimento ao fim de dois anos.
"A análise das intenções divulgadas não arrepia apenas pela indiferença social perante as suas implicações sociais num povo já fustigado pelo sofrimento. Mostra que para o Governo do PSD-CDS e para a 'troika' não há limites porque se sentem impunes", afirmou a CGTP num comunicado de imprensa.
A central sindical entende que "com mais medidas de austeridade maior será a queda nos impostos, a degradação das contas públicas e o enfraquecimento da atividade económica".
"Em suma, estamos num processo de espiral recessiva que generaliza o empobrecimento, fragiliza a democracia e põe em causa a soberania do país", afirmou a Intersindical.
O relatório do FMI visa sugerir ao executivo formas de atingir o objetivo de um corte de 4 mil milhões de euros na despesa pública.