A Confederação Nacional Independente de Pais e Encarregados de Educação considerou hoje, sexta-feira, que o acordo entre Ministério da Educação e sindicatos sobre estatuto da carreira docente "é positivo" e vai "contribuir para o normal funcionamento das escolas".
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"É extremamente positivo para a educação e para o normal funcionamento das escolas. Estão todos de parabéns", disse à agência Lusa a presidente da Confederação, Maria José Viseu.
"Está de parabéns a senhora ministra da Educação e também os sindicatos porque finalmente, ao fim de mais de quatro anos, se conseguiu um acordo que trará a normalização nas escolas e isso é muito importante para nós enquanto representantes de pais", acrescentou.
O Governo e as duas maiores estruturas sindicais, Fenprof e FNE, chegaram hoje de madrugada a acordo sobre a revisão do Estatuto da Carreira Docente e da avaliação dos professores, ao fim de 14 horas de negociações.
Com este acordo ficou estabelecido o fim da divisão da carreira docente em duas categorias. O Ministério da Educação garantiu também que todos os professores avaliados com "Bom" vão poder chegar ao topo da carreira.
Maria José Viseu salientou à Lusa que a Confederação Nacional Independente de Pais e Encarregados de Educação sempre defendeu como muito importante "tudo o que proporcionasse uma maior estabilização das escolas e o fim do conflito dentro da própria escola".
"No fundo, estão de parabéns todos porque vai continuar a haver avaliação dos professores que era o que o ministério pretendia e nesse aspecto não houve nenhum retrocesso", disse.
Na opinião de Maria José Viseu, o acordo foi também positivo para os sindicatos, que "tiveram aquilo que queriam, ou seja, que todos os professores pudessem progredir na carreira desde que tivessem a nota 'Bom'".
"Existiu um acordo e todos conseguiram aquilo que queriam que era a avaliação dos professores e isso na realidade está conseguido", acrescentou.
O acordo foi assinado hoje de madrugada entre o Ministério da Educação e oito das 14 estruturas sindicais do sector, incluindo a a Fenprof e a FNE, que em conjunto representam cerca de 85 por cento dos professores.
De fora ficou, por exemplo, o Sindicato dos Educadores e Professores Licenciados pelas Escolas Superiores de Educação e Universidades (SEPLEU).
Governo e sindicatos vão começar em breve a negociar o articulado que dará forma ao acordo alcançado esta madrugada.