O Conselho Nacional do PSD vai reunir-se este domingo à noite, num hotel em Lisboa, para aprovar a lista de candidatos do partido às europeias em coligação com o CDS-PP, que é encabeçada por Paulo Rangel.
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Sábado, após a a assinatura do acordo para as eleições europeias, pelo presidente do PSD e primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, e o presidente do CDS-PP e vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, o cabeça de lista da coligação entre PSD e CDS-PP às eleições europeias anunciou que os dois partidos concorrerão como "Aliança Portugal".
Na agenda desta reunião do órgão máximo do PSD entre congressos estão também a análise da situação política e a ratificação do acordo de coligação com o CDS-PP para as eleições europeias de 25 de maio.
No texto do acordo assinado sábado lê-se que "a composição da lista conjunta obedece, no que respeita à proposta e ordenação na lista dos candidatos de cada um dos partidos, ao critério da transposição dos resultados obtidos nas eleições para o Parlamento Europeu de 2009, tendo em consideração a atual redução do número de deputados ao Parlamento Europeu, a eleger por Portugal e no respeito pelo princípio da paridade".
Ao CDS-PP cabe o quarto elemento da lista, o oitavo, o 14º e o 19º lugar.
O acordo, que tem sete pontos, afirma, ainda, que os deputados se integrarão na família política comum, o Partido Popular Europeu (PPE), e que, "conforme estipula o regulamento do grupo parlamentar do PPE, cada um dos partidos poderá constituir, através dos respetivos deputados eleitos, uma delegação própria no seio do grupo".
Esta vai ser a primeira reunião do novo Conselho Nacional do PSD, eleito há uma semana em Congresso, que tem como novidade o ex-ministro adjunto e antigo dirigente nacional social-democrata Miguel Relvas, escolhido por Pedro Passos Coelho para encabeçar a sua lista a este órgão partidário.
Nilza Sena, Hélder Sousa Silva, Cancela Moura e Vítor Martins foram outros dos eleitos por essa lista, que obteve 18 dos 70 lugares do Conselho Nacional, numa eleição à qual concorreram nove listas.
Com esse resultado, o presidente do PSD não conseguiu recuperar a maioria absoluta que tinha perdido há dois anos e piorou mesmo a sua representação neste órgão partidário face a 2012.
Na sexta-feira, o autarca social-democrata Sérgio Humberto, que encabeçou uma das listas alternativas à de Pedro Passos Coelho, afirmou à Lusa que os nove eleitos pela sua lista estão com o presidente do partido.
Em 2012, o número de efetivos do Conselho Nacional passou de 55 para 70, dos quais a lista de Pedro Passos Coelho, encabeçada por Paulo Rangel, elegeu 25, numa eleição à qual concorreram dez listas.
Em 2010, o presidente do PSD apresentou uma "lista de unidade" com Paulo Rangel, seu ex-adversário, liderada por este, que elegeu 29 dos 55 membros do Conselho Nacional, numa eleição à qual concorreram 13 listas.