O antigo dirigente socialista João Cravinho critica a "omissão" do Governo e do presidente da República na crise da Justiça, provocada pela polémica em torno do caso Freeport e das queixas de falta de poder do procurador-geral da República, Pinto Monteiro.<br />
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"É absolutamente extraordinário que esta situação se arraste e que nem o presidente da República nem o Governo nem os dois em conjunto tenham assumido as suas responsabilidades, nomeadamente conferenciando, estabelecendo o plano comum, que pudesse ser comunicado à população, de modo a que ficasse muito claro que, de facto, as coisas no país não estão a banhos".
A opinião de Cravinho, que surge na sequência de posições idênticas já manifestadas por outros socialistas como Ana Gomes e Paulo Pedroso, foi manifestada ontem numa curta entrevista à Rádio Renascença, na qual ataca particularmente Cavaco Silva.
“É como se o candidato à Presidência da República Cavaco Silva tivesse metido no bolso o presidente da República Cavaco Silva", afirmou, aproveitando para propor, no âmbito da revisão constitucional, "um mandato presidencial único, sem reeleição, mas prolongando de cinco para sete anos".