O Governo anunciou esta segunda-feira que a décima avaliação regular da "troika" ao programa de resgate de Portugal, que terminou neste mesmo dia, "foi positiva" e reiterou a intenção do Executivo de "terminar o programa na data prevista".
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"A décima avaliação com a "troika" decorreu entre os dias 4 e 16 de dezembro e foi positiva. Portugal já superou 10 avaliações num total de 12. Faltam apenas duas. A nossa intenção é terminar o programa na data prevista, estamos a pouco mais de seis meses de poder terminar o programa na data prevista", afirmou o vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, em conferência de Imprensa.
Os resultados da décima avaliação ao Programa de Assistência Económica e Financeira (PAEF) estão a ser apresentados pelo vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, pela ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, e pelo secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro, Carlos Moedas, na Presidência do Conselho de Ministros, em Lisboa.
Esta avaliação da "troika" (Fundo Monetário Internacional, Comissão Europeia e Banco Central Europeu) teve início a 4 de dezembro e é o antepenúltimo exame regular ao programa de resgate português, que termina em junho de 2014.
Afirmações de Lagarde sem consequências
Na conferência de Imprensa, Paulo Portas considerou ainda que as afirmações da diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI) sobre a austeridade não tiveram consequências na missão técnica da "troika" em Portugal.
"As ideias têm consequências, eu não dei muito pelas consequências das ideias da diretora-geral do FMI no decurso desta avaliação. Mas pode ser problema meu", afirmou Paulo Portas.
"Já falei pessoalmente com a senhora Lagarde e o problema da diferença entre a linguagem das lideranças políticas e as missões técnicas não é um problema novo. Estamos muito perto de deixar de ser um problema porque estamos muito perto do fim do programa", disse ainda o vice-primeiro-ministro.
A diretora-geral do FMI, Christine Lagarde, admitiu numa declaração no Parlamento Europeu na semana passada que a instituição errou quanto aos efeitos da austeridade nos países europeus em maiores dificuldades.