O eurodeputado Nuno Melo apelou, esta quarta-feira, a uma "reavaliação das contas" do memorando de entendimento negociado entre Portugal e a 'troika', após o Fundo Monetário Internacional ter reconhecido um erro na avaliação do impacto da austeridade.
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O também dirigente centrista adiantou ainda ter pedido recentemente, à Comissão Europeia e ao Banco Central Europeu (os outros dois credores da 'troika') "não uma renegociação das contas, mas uma reavaliação das contas".
Lembrando que "o Fundo Monetário Internacional (FMI) reconheceu recentemente que se enganou num dos pressupostos fundamentais, porque afinal, cada euro de austeridade não significa 50 cêntimos de impacto negativo no produto interno bruto num país intervencionado mas antes uma consequência que pode ir de 90 cêntimos a 1.70 euros", Nuno Melo pede que "o cálculo das contas seja refeito".
"Os credores deveriam reavaliar esse esforço e essas metas, sob pena de estarem a condenar o país".
Nuno Melo falava aos jornalistas em Bucareste, onde participa no congresso do Partido Popular Europeu, que termina na quinta-feira.