<p>Lisboa, Vila Real, Santarém, Aveiro, Faro, Viana do Castelo e Setúbal são algumas das distritais que abriram guerra contra as opções de Manuela Ferreira Leite. E anunciam demissões, em plena pré-campanha eleitoral. Como desabafou ao JN um antigo dirigente "estão a brincar com o fogo, não sabe no que se estão a meter".</p>
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Na capital, o presidente da Distrital manifestou-se contra a previsível inclusão de dois nomes de militantes que são arguidos, António Preto e Helena Lopes da Costa. Para mais, António Petro foi afastado da liderança da Distrital pelo actual presidente, Carlos Carreiras. A agravar essa opção, Ferreira Leite escolheu Maria José Nogueira Pinto para lugar ilegível, o que causa problemas ao partido na campanha eleitoral autárquica (ler texto em cima). À entrada para a reunião, Carreiras considerou "uma mesquinhez" o afastamento de Passos Coelho e garantiu que não se demite da Distrital, mas que não se calará.
Em Vila Real e em Santarém, a decisão de afastar das listas Pedro Passos Coelho e Miguel Relvas, ambos cabeças de lista indicados pelas duas distritais, respectivamente, terá repercussões. As entradas de Montalvão Machado e de Pacheco Pereira em substituição do ex-opositor de Ferreira Leite e de um dos seus principais apoiantes, vão deixar sequelas.
O nome de Fernando Negrão para Setúbal causou um sonoro protesto do presidente da Distrital, Bruno Vitorino, que acusou o antigo ministro de "desprezar" os setubalenses. Na memória dos dirigentes locais está a candidatura de Negrão à Câmara de Lisboa, nas últimas eleições intercalares. Em resposta, o actual deputado comentou que se move apenas "pelo interesse das populações e não dos órgãos locais do partido".
Mal recebidos são ainda Bacelar Gouveia, em Faro, e Couto dos Santos, em Aveiro.