<p>O candidato presidencial Fernando Nobre disse hoje, sábado, que não lhe "passa pela cabeça" que não se realizem debates, esperando que "mais tarde ou mais cedo" eles se efectuem para esclarecer os portugueses das razões de cada uma das candidaturas.</p>
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Os debates são "importantíssimos para a nossa democracia e para os portugueses e estou certo que o professor Cavaco Silva, como responsável de Estado que é, não fugirá aos debates e haverá, possivelmente, mais tardiamente do que pensámos", afirmou Fernando Nobre.
O candidato presidencial, falava aos jornalistas, em Évora, na Praça do Giraldo, considerada a "sala de visitas" da cidade alentejana, durante um encontro com cerca de duas dezenas de apoiantes da sua candidatura.
A proposta feita pelas televisões previa um calendário de dez debates a realizar entre os dias 8 e 21 deste mês, mas o candidato Cavaco Silva já anunciou que não aceita fazer debates até à formalização da sua candidatura, cujo prazo termina dia 23.
"Não ponho em dúvida sequer que os debates não terão lugar" disse Fernando Nobre, considerando que são "muito importantes para que todos os candidatos possam esclarecer os portugueses das razões das suas candidaturas, dos objectivos, das ideias e dos desígnios que cada um tem".
Neste sentido, manifestou a confiança de que "os debates vão ter lugar mais tarde ou mais cedo".
Por outro lado, o candidato presidencial defendeu a diminuição do Imposto Sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (IRC) para 15 por cento para as empresas que decidam instalar-se no interior do país, "de forma duradoura e não transitória".
Fernando Nobre sugeriu ainda que "o país se devia virar de novo para a agricultura", considerando que esse "é um dos desígnios estratégicos" de Portugal, "tendo em conta o que se avizinha para os próximos 10 a 20 anos sobre a crise dos alimentos a nível mundial".
O Alentejo "sempre foi e poderia continuar a ser o celeiro de Portugal", advertiu.
Durante o encontro com simpatizantes em Évora, o candidato presidencial foi abordado por populares, ouvindo palavras de apoio, mas também críticas ao actual estado do país.
"Para que é que nós vamos votar se o Cavaco já ganhou" questionou um dos populares, tendo Fernando Nobre incentivado as pessoas que cumprimentou a irem às urnas.