O ministro das Finanças britânico, George Osborne, afirmou esta sexta-feira que o Reino Unido participará no resgate a Portugal, mas que o Fundo Monetário Internacional fornecerá um primeiro pacote antes da entrada de "qualquer dinheiro europeu".
Corpo do artigo
Citado pela Bloomberg, George Osborne sublinhou ainda que "ao contrário do caso da Irlanda", o Reino Unido não irá fazer um empréstimo bilateral a Portugal, isto é, "o dinheiro dos contribuintes britânicos não será emprestado directamente a Portugal".
O ministro britânico disse ainda que o país não fará parte de um mecanismo permanente de resgate "que irá ocupar o lugar" do actual mecanismo temporário da União Europeia a partir de 2013.
O Reino Unido participa em 13,5% no Fundo Europeu de Estabilidade Financeira, um sistema temporário para ajudar os países europeus em dificuldades.
Dos 60 mil milhões de euros iniciais, restam agora, depois do resgate à Irlanda, 37,5 mil milhões de euros, o que corresponde a cerca de cinco mil milhões de euros da contribuição britânica.
Londres tem ainda uma quota de cerca de 4,5% no sistema do Fundo Monetário Internacional (FMI) para ajudar neste tipo de situações.
Num discurso na quinta-feira na Câmara de Comércio Britânica, George Osborne usou o caso português para reiterar a necessidade de austeridade também no Reino Unido.
"Se ouvirem o que se diz sobre os cortes na despesa e ainda se perguntam porque precisa o nosso país de tomar estas decisões difíceis, olhem à nossa volta: primeiro Grécia, depois Irlanda, agora Portugal", disse.