Francisco Louçã acusou José Sócrates de tráfico de influências ao ter oferecido à militante bloquista Joana Amaral Dias um lugar de Estado em troca de apoio às listas socialistas para as legislativas.
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Falando no almoço-comício numa associação recreativa do Barreiro, em que apresentou a lista do bloco de esquerda (BE) para as legislativas no distrito de Setúbal, Francisco Louçã felicitou Joana Amaral Dias por ter recusado apoiar as listas socialistas numa primeira investida do PS em busca do apoio da militante do Bloco.
"Acontece, no entanto, que voltou a convidá-la para cargos de Estado em troca de um eventual apoio, seja a chefiar um instituto público na área da saúde, seja num qualquer lugar de Governo. Isso mostra-nos o desespero em que está o PS", acusou o coordenador do BE, que foi mais longe nas suas acusações.
"Mostra-nos uma forma de política menor, de vergonha, que é uma política que oferece lugares de Estado, que trafica influências e oferece lugares a troco de algum apoio. Isto é uma vergonha, é a forma de governar em maioria absoluta, é pensar que o Estado é de um partido, mas não é. A democracia não permite traficâncias", defendeu Francisco Louçã.
O dirigente do Bloco sublinhou que a democracia é "lugar de responsabilidade", onde quem vem apenas para obter lugares não os merece.
"Um partido que em vésperas de eleições anda a distribuir mordomias é um partido que não merece governar", reiterou Louçã.