O governador civil de Aveiro, José Mota, afirmou esta quarta-feira que não se demitirá do cargo, adiantando que vai esperar que o novo Governo indique a data de cessação das suas funções.
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Em declarações à Lusa, José Mota disse que, enquanto não for informado da data da cessação das suas funções, vai assegurar o normal funcionamento da instituição e acrescentou que já comunicou esta decisão ao ministro da Administração Interna, Miguel Macedo.
O governador civil comentou ainda a decisão do primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, de não nomear novos governadores civis, considerando que se trata de "uma asneira".
"Penso que não se ganha nada com isso. Ninguém vai prestar os serviços que os governos civis prestam a preços mais baixos. Aliás, os governos civis são auto-suficientes e, portanto, não são nenhum encargo para o Orçamento do Estado", afirmou.
Na sequência do anúncio de terça-feira da não nomeação de novos governadores civis pelo novo primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, o governador civil de Lisboa, António Galamba, pediu na terça-feira a demissão e considerou que o fim desta instituição irá afectar os bombeiros, forças de segurança e, consequentemente, os cidadãos.
Confirmaram que pediram a demissão ao novo ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, os governadores civis de Braga (Fernando Moniz), Santarém (Sónia Sanfona), Leiria (Paiva de Carvalho), Setúbal (Manuel Macaísta Malheiros), Castelo Branco (Alzira Serrasqueiro), Guarda (Santinho Pacheco), Évora (Fernanda Ramos), Bragança (Jorge Gomes), Vila Real (Alexandre Chaves) e Porto (Fernando Moreira).
Também o governador civil de Beja, major-general Manuel Monge, revelou ter pedido a escusa do cargo "o mais rapidamente possível", assim como o de Portalegre, Jaime Estorninho.
O governador civil de Faro, Carlos Silva Gomes, disse à Lusa que foi nomeado para o cargo em Diário das República e que cessará as funções para que foi empossado quando a exoneração for publicada naquele órgão.
"Fui nomeado governador civil em Diário da República e as minhas funções cessam quando for exonerado da mesma forma", declarou Silva Gomes, que foi nomeado governador civil de Faro em Conselho de Ministros por proposta do Ministério da Administração Interna, tendo tomado posse do cargo em abril transato.
