O primeiro-ministro reconheceu, esta sexta-feira, um "atraso" na inventariação dos edifícios públicos que contém amianto, assegurando que deverá estar concluída "dentro de dois meses", assim como a mudança de instalações da direção-geral de Energia e Geologia.
Corpo do artigo
Em resposta a uma pergunta da deputada do PEV Heloísa Apolónia, Pedro Passos Coelho reconheceu haver "um atraso na inventariação", afirmando no entanto que há vários ministérios que estão a preparar "planos de ação" para as situações "mais problemáticas".
Passos Coelho disse que entre as prioridades mais problemáticas "não se inclui" o edifício da direção-geral de Energia e Geologia, cujos trabalhadores manifestaram há duas semanas preocupação face ao numero de casos de cancro registados, que relacionam com a exposição ao amianto no edifício.
O primeiro-ministro disse que o processo para a mudança de instalações daquela direção-geral "está em curso e deverá estar concluída dentro de cerca de dois meses".
"De acordo com a avaliação que foi feita o grau de perigosidade é relativamente baixo para não dizer negligenciável", disse Passos Coelho, acrescentando que a maior parte das situações "não comporta um risco significativo para os trabalhadores".
Na sua intervenção, Heloísa Apolónia acusou o Governo de promover uma "política de baixos salários" e criticou os critérios definidos pelo Executivo para os despedimentos.
Sobre os critérios para os despedimentos, Passos Coelho disse que hoje em dia o critério que existe é que "sai o trabalhador que tiver chegado há menos tempo, mesmo que seja o melhor".
"Nós propomos uma solução diferente. Lamento que não tenha sido possível um entendimento com os parceiros sociais sobre esta matéria", disse Passos Coelho, defendendo que "faz sentido" que os custos do trabalhador para a empresa "tenham de ser tidos em conta também" quando a empresa necessite de controlar os seus custos.
No entanto, frisou, esse não é o primeiro critério.