O Governo desvalorizou o apoio dado por figuras internacionais ao chamado Manifesto dos 70 para a reestruturação da dívida, dizendo que a única questão que poderia ter relevo era se algum dos signatários fosse uma entidade credora do país.
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"A única questão que pode ter relevo aqui é se alguma dessas entidades é credora. Se não forem credores internacionais, a opinião internacional para uma matéria como esta não parece que seja de muito relevo para o nosso país. Se forem credores com certeza que seria importante", declarou o ministro da Presidência e dos Assuntos Parlamentares, Luís Marques Guedes, no final da reunião do Conselho de Ministros.
O Manifesto dos 70, que apela à reestruturação da dívida pública recebeu o apoio de mais de 70 personalidades estrangeiras, na maioria economistas de renome internacional.
O denominado Manifesto dos 70, tornado público há cerca de uma semana, é assinado por figuras da política de esquerda e de direita, como os ex-ministros das Finanças Manuela Ferreira Leite e Bagão Félix, por Francisco Louçã, António Saraiva, Carvalho da Silva, Gomes Canotilho, Sampaio da Nóvoa, além de empresários e economistas, e pretende ser "um apelo de cidadãos para cidadãos", explicou, na altura, João Cravinho à agência Lusa.