O ministro dos Negócios Estrangeiros disse, esta quinta-feira, em Bruxelas, que as informações de que dispõe indicam que não há portugueses entre os estrangeiros sequestrados na Argélia.
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"De acordo com a informação que nós temos, não há portugueses no grupo de cerca de 40 pessoas que foram sequestradas", afirmou Paulo Portas , em declarações aos jornalistas no final de uma reunião extraordinária dos ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia para discutir a situação no Mali.
O ministro adiantou que a Embaixada "está a contactar com eles para evitarem deslocações às zonas que são consideradas de maior risco".
Esta quinta-feira, o embaixador de Portugal na Argélia, José Fernando Moreira da Cunha, já havia dito à Lusa que não havia portugueses na região argelina onde ocorreu o rapto de vários estrangeiros, junto da fronteira com a Líbia, afirmando ainda que a comunidade portuguesa está tranquila.
Um ataque contra um campo de gás explorado pela empresa estatal argelina Sonatrach com a empresa britânica British Petroleum e a norueguesa Statoil foi levado a cabo na quarta-feira em Tigantourine, a 40 quilómetros de In Aménas, perto da fronteira líbia.
Dezenas de estrangeiros, entre os quais norte-americanos, franceses, britânicos e japoneses, foram sequestrados por um grupo de extremistas islâmicos.
O diplomata disse que há cerca de 600 portugueses residentes permanentes na Argélia, mas, com o grande fluxo de altos quadros para trabalhos pontuais, há períodos em que podem ser até 1.200.
O embaixador afirmou ainda que há cerca de 40 empresas portuguesas instaladas na Argélia, sobretudo em Argel, mas também em cidade como Oran, entre outras.
Segundo um porta-voz dos islamitas, citado por dois portais de informação da Mauritânia, 41 estrangeiros, entre os quais norte-americanos, franceses, britânicos e japoneses, foram sequestrados.
A morte do britânico e de um argelino foram anunciadas na quarta-feira pelo ministro do Interior da Argélia, Dahou Ould Kablia.
O grupo estaria a exigir a libertação de 100 islamitas em troca dos reféns.