O ministro da Presidência disse, esta quinta-feira, que o Governo respeitará sempre o direito à greve, mas lembrou que a dureza das medidas a que Portugal continua sujeito decorre da situação que o atual executivo herdou.
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Questionado sobre o anúncio de mais uma greve da Função Pública para 8 de novembro, o ministro da Presidência, Luís Marques Guedes, lembrou que as greves são um direito dos trabalhadores e que cabe às centrais sindicais definir os momentos e os fundamentos com que tomam esse tipo de decisões.
Da parte do Governo, acrescentou, esse direito será sempre respeitado.
"É um direito constitucional inalienável, mais do que constitucional, é um direito fundamental numa sociedade democrática", afirmou Marques Guedes, que falava aos jornalistas na conferência de imprensa realizada no final da reunião semanal do Conselho de Ministros.
O ministro da Presidência enfatizou, contudo, que a dureza das medidas a que os portugueses estão sujeitos "não decorre da situação atual".
"Este Governo está a tentar resolver o problema que herdou", disse.
Marques Guedes fez ainda referência às projeções divulgadas esta semana pela Universidade Católica que apontam para um crescimento da economia no terceiro trimestre, sublinhando que caso se venham a confirmar terá havido uma "inversão" e tecnicamente Portugal terá saído da recessão.