O presidente do Instituto de Emprego e Formação Profissional, Francisco Madelino, negou hoje, quarta-feira, que a compra de viaturas para o instituto represente um custo de 600 mil euros este ano.
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"Não é verdade que o Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) pague subsídios de desemprego nem é verdade que tenha adquirido viaturas que custam este ano 600 mil euros", afirmou Madelino, num esclarecimento escrito à agência Lusa, a propósito de declarações feitas pelo CDS/PP na Assembleia da República.
O líder parlamentar do CDS-PP acusou hoje, quarta-feira, o IEFP de estar a adquirir 400 novas viaturas, que custarão ao Estado, nos próximos quatro anos e meio, cerca de 1,5 milhões de euros.
O líder parlamentar do CDS-PP classificou como "uma afronta" a aquisição das 400 viaturas por parte do IEFP, "quando existem atrasos no pagamento do subsídio de desemprego".
Segundo o presidente do IEFP, a despesa referida corresponde a "um contrato por ajuste direto para a manutenção de viaturas pelo IEFP, e não compra, que aliás já existia com a mesma empresa em 2003 e 2004". Madelino lembrou que desde 2001 o IEFP tem solicitado um processo de renovação da frota automóvel.
"O processo actual iniciou-se em 2005 e teve agora o seu desfecho", diz o responsável, lembrando que "não há viaturas novas no IEFP há mais de 10 anos".
O presidente do IEFP salienta ainda que o instituto tem cerca de 90 centros e quase 60 centros de formação, o que obriga a deslocações dos funcionários e ao uso de automóveis, que nos últimos anos têm sido alugados, "processo caro, embora mais discreto".
O deputado centrista Pedro Mota Soares falava na parte final da interpelação do PSD ao Governo, tendo solicitado uma resposta à ministra do Trabalho, Helena André, sobre a compra de viaturas por parte do IEFP.
Pedro Mota Soares disse depois que as viaturas terão este ano um custo na ordem dos 600 mil euros e que esta aquisição contraria o próprio Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC) do Governo.
"Para que os técnicos do emprego possam ir para o terreno e, justamente, apoiar as empresas e as pessoas que necessitam do apoio, precisam de renovar as suas frotas de carros. Há dez anos que a frota de carros não é renovada", justificou Helena André.